Capítulo 29

Nós íamos viajar na sexta e hoje era segunda feira. Estava de férias, então sempre ia ao Green pela noite ficar com meus amigos. E a tarde, ficava com a vovó. Ela não estava tão triste assim, pois eu voltaria e o Gustavo estava com ela para fazer companhia e também, eu estaria todo o tempo mantendo contato com ela por Skype. 
A festa de despedida era hoje. Decidimos ir ao salão bem cedo. A Isabela largou o problema que tinha em vir aqui – eu tenho certeza que ela tem algum problema com o nosso bairro, pois não vem aqui me visitar - e passou o dia comigo para ficar a festa. Conheceu as meninas e nos divertimos muito depois que saímos do salão. 
Na hora da festa todos que estavam lá eram conhecidos nossos. Decidimos que o Pedro poderia ir e chamar seus amigos, e começamos a fazer amizade com ele por que irá passar um ano com a gente e tínhamos que nos dar bem. Ele não é chato como dizem. Só se acha demais, mas eu também ficaria me gabando se fosse assim que nem ele, bonito, bem sucedido, inteligente... O pessoal do Green também foi. O Gabriel levou a sua nova paquera, Raquel e disse que estava tentando me esquecer com ela. E estava dando certo, pelo que me pareceu. 
Até meia noite nenhuma confusão. O Lucas queria conversar comigo, deixando o Thiago muito encabulado. Sentamo-nos em uma mesa para conversar, mas ele pediu que fôssemos a um lugar reservado. 

- Por favor, Lucas. Não quero mais confusão. Vou viajar daqui a três dias e não quero brigar com o Thiago. 
- Quero ficar com você – Lucas disse sem rodeios. 
- Será que não entra em sua cabeça que eu tenho namorado?! 
- Entra. E na sua? 
- Mais do que na sua. 
- Pelo amor de Deus, Malu! Você sabe que não é bem assim... Lembra daquela conversa no Facebook? Você se questionando sobre o meu namoro com a Paola. QUE... Não é verdade, e você veio toda cheia de ciuminhos... 
- Não vim com ciúmes nenhum! Só perguntei! – me exaltei. 
- Se eu tivesse visto você me perguntando aquilo eu ia estar mais certo do que nunca que aquilo não era ciúmes. Mas tudo bem... Eu não quero brigar. Se não quer ficar comigo, beleza. Eu não tenho mais pique, creio que fiquei demais até... 
- Você não é assim, Lucas! Ama festas e estaria aproveitando e... Poxa! Olha o tanto de mulher bonita aqui pra você! 
- Não quero. Eu quero você. 
- Mas querer não é poder no momento. 
- Beleza. Eu... Eu vou embora. Você pode passar amanhã lá em casa? 
- Posso. Você não vai ao aeroporto se despedir? 
- Claro! Mas eu quero lhe entregar algo, e você tem que ir lá para receber. 
- Wow! – ri – Beleza... 
- Então, ok. Eu já vou... – Lucas me deu um abraço forte e começou a falar coisas quentes, digo, quentes mesmo em meu ouvido. Ele sempre faz isso quando quer me deixar louca. Me segurei ao máximo para não deixar que nada acontecesse. O bom, é que o Thiago chegou pigarreando e acabou com aquele abraço e aquelas coisas que ele me contava no ouvido. Me soltei rapidamente do Lucas sem graça. 
- Atrapalhei? - Thiago perguntou sério. 
- Não. Estava de saída, só vim me despedir da Malu. 


E o Lucas deu um tchau de leve e saiu. Queria brigar com o Thiago, mas seria desnecessária essa briga. 

- Provavelmente atrapalhei o abraço de vocês... 
- Ele estava se despedindo de mim! Foi... Foi só isso... 
- Hum. A festa ainda rola. 
- Eu sei. 

Gabriel foi levar o Lucas em casa, e depois voltava. Assim que chegou quis conversar comigo. 

- Do jeito que ele está, é capaz de comprar uma passagem pra ir junto e ficar lá com você. 
- Ele não é disso. Não sente isso tudo por mim. Consegue me esquecer com qualquer por aí. Eu vejo isso... 
- Agora é diferente! Você. Não. Vai. Estar. Aqui. – falou pausadamente. - Isso não tem nada a ver! 
- Ok, isso é coisa para resolver com ele. Eu vou sentir muito a sua falta, sabia?! Quero muito que quando volte continue a mesma Maria Luisa que conheci aos cinco anos de idade. Mesmo depois de ter se mudado, virou outra pessoa. Mais madura e mais decidida... 
- Decidida, acho que não – ri fraco – Mas, claro que vou lembrar seu bobo! Não esquenta com isso. Tenho que voltar, eu estou com sono e acho que vou embora. 
- Vai abandonar sua festa? 
- Não é só minha... Já são 3 da manhã, acho que já deu pra mim. 

Não consegui ir embora. Fiquei sentada esperando a festa acabar por completo, conversando com o Gustavo e a Camilaque cansaram de curtir. Quando amanheceu, decidi dar basta e todo mundo concordou. Afinal, estávamos com muito sono e o outro dia seria longo! 
Depois de dormir até às duas da tarde, acordei e fui conversar com o Lucas em sua casa. Antes, fiquei um pouco com o pessoal do Green e fui até a casa dele, que abriu a porta com uma cara de cachorrinho abandonado. 

- Que bom que você veio! – me abraçou forte e senti uma lágrima sua em meu ombro – Vamos subir! Tenho que te entregar o presente – sorriu. 
Lucas não quero que fique assim. 
- Não se preocupa gatinha. Estou bem... 

Subimos, e ele me entregou uma caixa muito linda, mas não queria que eu abrisse com ele por perto. 

- Voce disse na festa que não ia me dar o presente lá por que não queria que todo mundo visse aqui, e agora não quer que eu abra em sua frente? – ri. 
- Vou ficar com vergonha... Vai que você não gosta? 
- Já vi que vou amar! Você nunca erra nos presentes, e a caixa é linda. 

Cada vez que falava algo, ele ia chegando mais perto de mim e eu me afastando, até que chegou a um ponto que não tinha mais onde me afastar e ele acabou colando seu corpo no meu. 

Lucas. Eu não poss... 

Ele me beijou. 
E de novo, eu deixei. 
Mas dessa vez, eu não o empurrei. Por que eu queria beijá-lo, sentir seu corpo ao meu, já que ficarei um ano sem vê-lo. 

- Chega! – o empurrei, fazendo ele cair na cama. 
- Quanta agressividade... – riu – Mas dessa vez, você me beijou mesmo, e gostou. Então não me culpe por isso... 
- Culpo sim! Você que começou primeiro! 
- Ta, mas você quis me beijar! Eu senti! 
- Ok, Lucas, ok! Eu... Ahm... Obrigada pelo presente, eu vou embora. 
- Não conta pro seu namorado. 
- Pode deixar. 
- É sério. Só queria pela última vez, sentir seu beijo, seu corpo, seu cheiro... 
- Ok. Eu já vou, preciso ver a Isabela. 
- Eu te amo. 
- Eu também te amo. 

Abri a porta do seu quarto, desci as escadas rapidamente, e corri para contar a Isabela. Ela riu e pediu para me controlar. 

- Queria dormir na sua casa hoje – Isabela disse por um milagre. 
- Vamos! Vou amar ter você comigo hoje! – sorri e abracei. 

Enquanto estávamos andando no caminho, me bati com o JP e o Victor. Nossa... Victor já fez amizade? 

Malu! – me cumprimentou com um forte abraço. 
- E ai meninas – JP nos cumprimentou. 
- Oi! É... Vocês se conhecem? – perguntei. 
- Meu vizinho é primo dele. E vocês... 
- Pela internet. Mas, enfim. Vão pra onde? 
- Estávamos dando um rolê, mas vamos pra casa agora. E você, ansiosa pra amanhã? Posso te ver no aeroporto? 
- Muito ansiosa! Ah! Claro que pode! Aliás, quero vocês dois lá – sorri. 
- Infelizmente eu tenho trabalho de manhã e não posso faltar. 
- Na sorveteria? 
- Sim – riu – Meus pais me deram um emprego lá. Mas, posso te dar um abraço agora mesmo – riu. 

JP me depositou um abraço tão apertado e sussurrou em meu ouvido que iria sentir falta de mim, de ficar comigo na sorveteria e de ir ao cinema. O pessoal achou estranha a demora do abraço, e resolveram cortar o clima. 

- Não acha perigoso daqui pra sua casa não, amiga? 
- Não. Estamos chegando. É só virar ali. 
- Hum... Bom... A gente se vê ano que vem – JP disse. 
- É. Tchau, J. Tchau Victor, a gente continua se falando! 

Despedi dos meninos e segui o caminho com a Isabela. Ela disse que quer saber tudinho sobre o JP e esse abraço. Falamos com a vovó em casa e fomos tomar banho. Respondi alguns e-mails e mensagens de boa sorte e fui pra cama com a Isa, pra contar tudo para ela. Duas da manhã e a gente ainda conversando, até que me lembrei do presente e de conversarmos sobre o Lucas. 

- Abre! 
- O que será? 

! Quando abrimos, tinha um colar, uma carta. Mas, não uma simples carta, e sim com algumas fotos dos nossos melhores momentos e um diário para contar tudo sobre a minha viagem. Algo que eu amei e não tinha pensado nisso. 

- Ama ou não? 
- Claro que amo! 
- E o Thiago? Abre o jogo. 
- Amo também. 
- É difícil te entender, amiga. 

Conversamos muito e fui dormir tardão. Ás oito a vovó nos acorda e eu fui logo tomar banho e comer para ajeitar minhas coisas na sala. Postei minha despedida no Twitter, Facebook, todas as redes sociais que eu tinha. 

***


O aeroporto estava mais cheio que o normal. Além de ser época de férias pós fim de ano, muita gente estava lá para se despedir de quem ia fazer intercâmbio. A minha despedida parecia ser a pior. Eu falei com os familiares dos meus amigos, com meus melhores amigos e depois fui falar, ou melhor, chorar com a minha avó e o Gustavo. 
No avião, fiquei ouvindo música e decidi não conversar muito. A Camilasentou ao meu lado. O Thiago ficou ao lado do Pedro. A Carol ficou ao lado do Igor. Parei de ouvir música e fui ler a minha carta que o Lucas fez. Eu sei que o Thiago estava na poltrona ao lado, mas é melhor ler agora do que ler na hora, com ele ao meu lado. A cada lida, uma lágrima caía no papel. A Camiladecidiu ler comigo, eu deixei. Ele colocou desde o começo que a gente se conheceu e algumas fotos, até o último dia em que nos falamos e no final, a música All About You - Bruno Mars, que é a nossa música, para que eu se lembrasse dele na viagem e na hora de voltar, que continuasse a mesma Maria Luisa de sempre. Que ele tanto ama e sempre vai amar. 
A nossa viagem iria durar mais ou menos umas 15 horas. E eu estava no avião somente á 5 horas. Ou seja, ia dormir pra ver se passava o tempo. Quando acordei todo mundo estava dormindo. Fiquei lendo um livro e depois fui conversar com a Camilaque tinha acordado depois que eu a balancei para ficar me fazendo companhia. Horas depois, tínhamos chegado ao Canadá e eu estava muito feliz! Paramos em Vancouver para deixar algumas pessoas e descemos para conhecer um pouco pelo menos do aeroporto. Demorou um pouco, mas foi legal ficar esperando por lá, nunca tive essa sensação. Depois de tanta espera, partimos para Toronto. Até que enfim! 

***


Toronto é simplesmente demais! Já estou aqui há 3 meses e ao longo desse tempo meu namoro com o Thiago estava indo bem, só que recebia umas mensagens do Lucas de saudade pelo Facebook, que me deixava com mais vontade de voltar e ficar com ele. Nesses três meses, os estudos foram tão intensos junto com as atividades extracurriculares que não conhecemos ainda a cidade do jeito que eu queria. Mas, como é um ano, os outros seis meses vão ser de férias e vamos poder curtir e trabalhar por aqui até o momento de voltar pra casa. Mas, se depender de mim eu volto assim que o colegial terminar. 
Hoje fomos tomar um solzinho numa praia em Toronto. Apesar de não ser uma cidade litorânea, possui umas praias que são bem bonitas por sinal. Ficamos sentados debaixo de um canudinho de milk shake, muito engraçado, tomando sol. Achei a ideia interessante, mas, não valeu muito a pena, pelo sol que estava. Os meninos foram num outro local com o guia, comprar a comida do dia, enquanto a gente ficava na praia, junto com Marcela, a diretora. Ela disse que estava gostando desse ano e que nós fomos os melhores com quem ela já trabalhou. 

- Todo ano você tem que vim pra cá? 
- Sim... Fico nos hotéis das cidades em que vou e tenho minha casa no Brasil. 
- Mas como é isso? Você não cansa? 
- Não! Eu não faço nada além de me divertir conhecendo novos lugares – rimos. 
- Todo ano você está em um lugar novo? 
- Não. Um ano eu passo seis meses em um lugar e o resto no Brasil, no outro, eu fico o ano todo. 

- Ah! Então você curte muito sua casa... 
- É, mas essa é a parte mais trabalhosa – riu. 
- Ei... Aqueles garotos parecem ser brasileiros. Vou falar com eles – Carol disse. 
- Sua louca! Seu namorado veio com você a seu pedido! Então aquiete-se! 

Carol deu de ombros e foi chamar os meninos, que vieram falando em inglês. Será que não são Brasileiros? 

- Ahm... Where are you from? – Carol perguntou. 
- Brasil, and you? 
- Nós também! Que bom! – Carol riu. 
- Estão a passeio? 
- Não. Viemos fazer um intercâmbio por um ano. E vocês? – perguntei. 
- Fizemos por três anos, estamos no finalzinho já. Qual o nome de vocês? 
- Sou Carol, essa é Maria Luisa, Camila, e Marcela, a nossa diretora do intercâmbio – Nos cumprimentaram com beijinhos no rosto – E vocês? 
- Sou Rafael. Esse é o Bruno e aquele outro que está vindo do mar, é o Cadu. 

Claro que todas nós, até a Marcela, foi olhar para ver o Cadu saindo do mar e que vista! O garoto era um gato! Saiu do mar balançando os cabelos sensualmente para tirar mais um pouco da água, estava com uma sunguinha linda, e ainda tinha aquele corpo perfeito de homem brasileiro. Mesmo com 3 anos morando aqui, ainda tinha aquele corpo do Brasil. 
Assim que ele chegou, nos cumprimentou e os meninos chegaram avisando do almoço. Droga! Não pude nem bater um papo com ele. 

- Já? – Carol disse. 
- Se quiser ficar, pode ficar aí de papinho, pois a gente está indo almoçar – Thiago disse. 
- Cadê o Paulo? – Marcela perguntei. 
- No carro. Não sabia que deixar essas meninas na praia ia causar problemas – Igor disse. 
- Já suspeitava – Pedro disse rindo. 
- São do intercâmbio também? – Rafael perguntou. 
- Sim e você quem é? – Thiago respondeu. 
Thiago! 
- Tudo bem – Rafael riu sem graça – Sou Rafael. Faço faculdade aqui com os meninos. 
- Brasileiros? 
- Deu pra perceber? 
- Meninos, foi ótimo conhecer vocês, mas temos que ir almoçar. Anotei o número de todos ali com o Cadu, e vamos manter contato. Beijo, tchau – cumprimentou todos, nós fizemos o mesmo. 
Gustavo vai saber disso. 
- Vai à merda, Thiago! Para de ser chato, pelo amor de Deus! 
- Hoje a noite vai ter uma festinha em uma balada perto da nossa casa. Se quiserem, todos podem comparecer lá. 
- Boa! Eu preciso curtir, por que dos três meses que estamos aqui, só fui para as festinhas de colegial. Vocês vão? – Pedro perguntou animado. 
- Claro! – Carol disse. 

Despedimo-nos, e quando eu fui falar com o Cadu, demos um abraço de leve e ele disse bem baixinho em meu ouvido que foi ótimo me conhecer e uma pena eu estar namorando. Uma pena mesmo. Tive que me retirar dos seus braços fortes e entrar no carro. O Thiago me olhou sério. Acho que ele percebeu a demora do meu abraço com o Cadu, já que os outros abraços foram mais rápidos. Mas, ele não ouviu o que o Cadu me disse ao ouvido. Ainda bem. Eu a acho. 
Quando estávamos no carro, ele estava louco para falar algo, mas ninguém deixava e sempre mudava o assunto. 

- E o Rafael, hein? Será que é solteiro? – Camilaperguntou. 
- Todos são pelo que eu percebi. 
- Mas você não é – Thiago disse. 
- Deixa a Malu ter amigos, Thiago! Deixa a garota curtir! Eu ia falar uma coisa, mas não quero brigar com você... 
- Pode falar Carol! 
- É por isso que a Malu é desse jeito contigo... Falei pela Carol. Tenho certeza que ela quis dizer isso – Camiladisse. 
- Tem mais: Você não confia nela – Carol continuou. 
- Não adianta dizer que confia. Você sente ciúmes, mas não acredita no que ela diz. Ela diz que te ama, que isso e que aquilo outro e você? Simplesmente fica sempre com um pé atrás. Tudo bem que... 
- Estou aqui, ok? – falei, mas acho que ninguém me ouviu. 
- Eu confio nela! Acontece que o tanto de coisas que ela já fez comigo e que nós passamos eu fico com um pé atrás mesmo. 
- Por isso que ela faz tudo isso contigo. Desculpa, amiga. 
- Estou ainda tentando assimilar vocês falando isso de mim na minha frente! 
- É somente a verdade. 

Depois o silêncio reinou no carro. Da praia até a nossa casa era uns 10 minutos. Mas parecia que estava demorando muito, e eu queria chegar logo. Assim que chegamos, torci pra o Thiago não me chamar, mas foi em vão. Fomos até o quarto para conversar. 

- O que você quer conversar? – perguntei. 
- Sobre aquilo do carro. O que você faz comigo? 
- Eu não faço nada! Ela quis dizer do Lucas e aquilo tudo... E elas têm razão. Realmente, você não confia em mim e não me deixa ser livre para ter amigos. Eu posso namorar você e deixar ter suas amigas agora eu não posso?! Faça-me o favor... 
- Acontece que todos os seus amigos são afim de você. Acha que não percebo?! 
- E daí?! Isso não quer dizer que eu vá ficar com eles. Todos estão cientes de que eu namoro você e não iriam tentar nada, pois sabem que eu não ficaria. Se você acha o contrário, é por que não confia em mim e eu prefiro que a gente não namore mais. Se não me deixa ter amigos e não me deixa curtir o Canadá, sinceramente, acho melhor não existir mais nós dois como namorados. Ou até como amigos, se você preferir. 
- É assim?! 
- Estou cansada. Se for pra ser assim, é melhor terminar logo. 
Ele somente assentiu com a cabeça e saiu. 

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