Capítulo 26

Levantei-me e o empurrei na parede. Deixando o seu corpo bem coladinho com o meu. 

- Te deixei irritado? Desculpa. Quis fazer um suspense. – ri fraco. 
- Desculpa... Não aguento mais esperar. Eu sei que você quis muito que nós voltássemos, mas agora que tudo ficou realmente bem entre nós, não dá mais pra esperar. 

Beijei-o. Passei a mão pela sua blusa, retirando-a rapidamente. Quando dei por mim, já estava o ajudando a retirar o meu vestido. 

- Isso é um sim? – Thiago perguntou ofegante. 
- O que você acha? 
- Diz você. 
- Não preciso dizer nada... Você pode sentir. 

Encostei minha boca na dele, onde começou um beijo comum, que foi se esquentando enquanto a sua mão subia na minha coxa e a agarrava firmemente. Passei meu braço sob o seu pescoço e o puxei para mim, ele me deitou no sofá, ficando por cima de mim e passando suas mãos pelos meus seios, minhas pernas e minha bunda. Senti seu abdômen definido e arranhei-o de leve, enquanto ele agarrava meus seios e apertava, eu estava gostando muito daquilo, parecia à primeira vez. Novamente. Coloquei minhas mãos em suas costas e fui às arranhando, enquanto ele tirava meu sutiã e massageava os meus seios. Minhas pernas estavam entrelaçadas nas costas dele, e eu o puxava forte contra mim. Ele tira rapidamente sua calça, mas eu meio que gosto dessa agressividade sexual dele. Foi beijando a minha barriga e chupando em alguns lugares enquanto apertava meus seios, eu segurava seus cabelos e o pressionava contra mim, estava chegando ao lugar onde eu queria um pouco mais em baixo. 
Depois de muito prazer, olhei ao relógio e vi que já era meia-noite. Ofegante, tentei avisar ao Thiago que já ia embora. Mesmo não querendo, claro. 

- Calma cinderela. Fica mais. Ainda não terminei... – sorriu. 
- Tem mais?! Já viu a hora? – ri. 
- Eu levo você. Estou de carro. Confia em mim... Preparei tudo isso pra nós. Está dando tudo certo. 

Ele levantou-se do sofá, e colocou sua roupa. Depois retirou do bolso de sua calça, novos anéis pra pôr no meu dedo. 

- Aquela já não serve mais. Então comprei outra. 
- Essa é linda. – sorri abobada. Realmente, esse anel era mais bonito que o outro. 

Depois de colocarmos os anéis em nossos dedos, beijamo-nos por um bom tempo, sem parar para respirar. 

- Que delícia! 
- Eu? Eu sei. – Thiago disse me fazendo gargalhar. Eu sei que ele era uma delicia, mas tive vontade de rir por ele ter sido tão convencido.
- Também. Mas, estava falando do beijo. 
- Ah, claro. Do beijo... 
- Ei! Mas você andou malhando? – disse passando a mão em seu peitoral definido. 
- Gostou? É todo seu... O Lucas tem isso tudo? AH... Não tem... – riu, mas depois percebeu o que tinha dito e parou – Ahm... Não precisa responder. Já sei a resposta – falou emburrado. 
- Não fala isso! 
- Ta, quem é o mais gostoso? 
- Por favor... Os dois são gostosos – ri. Queria entrar na brincadeira. 
- Claro. Já experimentou os dois. 

Depois de muito tempo papeando, ouvimos batidas na porta de entrada. 

- O que foi isso? 
- Alguém batendo na porta. 
- Isso é normal? 
- Vou ver. 

Fui atrás, claro. Medrosa e curiosa que sou. 
E adivinha quem era quando abrimos a porta? Isso mesmo, senhora e senhores. O Lucas. Mas, ele não estava sozinho... A "Você Sabe Quem", vulgo Paola estava com ele, a essa hora da madrugada em meu bairro. Na verdade o bairro não é meu. Mas pessoas do porte deles, cheios da grana, o que vêem fazer AQUI? Não tem nada de interessante. 

- O que vocês fazem aqui? – perguntei. 
- Dando uma volta nesse bairro mixuruca. Mas não vi nada interessante. Vamos, amor? – falou abraçando o Lucas por trás. 
- Mas por que bateram aqui? Qual propósito? 
- Passamos por aqui e vimos o local. Pensei em ver qual a boa. 
- Não viu que estava fechada? 
- E esse carro? 
- É meu! Você acha que só iria ter um carro? E também se estivesse aberta, a. porta. de. entrada. estaria. aberta... – Thiago disse pausadamente. 
- Eu disse que o carro era do DONO! – Lucas gritou. 
- E daí? Não custava nada. Mas, já que essa poderia estar no nosso meio, é melhor irmos. Não quero você com ela. 
- Quem você pensa que é Paola?! 
- Você não sabe de nada... – riu cinicamente – diz a ela, quem eu sou, Lucas... 
- Por favor, Paola. Não procura merda de confusão agora! Desculpa, a minha intenção não era essa. Não imaginaria que vocês estivessem aqui sozinhos... 
- Hum. Vocês estão namorando? 
- Isso não lhe interessa mais – Thiago disse. 
- Não. Somos apenas... 
- Amigos. Por enquanto... Mas pelas declarações que rolam, já, já a gente começa um namoro. Vamos fazer programa de casais? – Paola disse sorrindo. Eu ainda quero arrancar os seus cabelos oxigenados. 
- E vocês estão namorando? 
- É. Eu ia te contar, mas foi hoj... 
- O papo foi maneiro, mas vamos fechar aqui. COM LICENÇA... 
- A gente se vê amanhã, Lucas! – falei enquanto o Thiago batia a porta, literalmente na cara deles. 

Depois disso tudo, começou a discursão. Claro que foi o Thiago quem começou. Eu até ia começar dessa vez, mas ele fez questão de sempre ser o primeiro a brigar. 

"A gente se vê amanhã, Lucas!"? Ouvi isso mesmo?! 
- Ouviu. Qual o problema?! 
- O problema é que você está comigo agora. COMIGO! 
- Eu sei! Mas, não posso sair com o meu amigo? Ver o meu amigo? Você não pode me proibir de fazer isso! A gente conversou sobre isso varias vezes. 
- Melhor irmos, eu levo você. Não quero começar uma briga. Logo hoje, logo agora. 

Entramos em seu carro e ficamos em silêncio o caminho todo. Até na despedida. 

- Mais tarde a gente se vê? – perguntei. 
- Não ia ver o Lucas? – Thiago disse ríspido. 
- Para com isso... 
- Esse cara sempre atrapalhando tudo! 
- Você é louco! Deve ser o sono, ou então você bebeu demais. Só pode! 
- Louco por você! Você é só minha. Fico com ciúmes... 
- Sou sua. Só sua! Mas, por favor, não quero que fique nessa toda vez que eu for falar com o Lucas. Não quero brigar mais contigo e quero continuar a minha amizade com ele. Então, manera nos ciúmes por que o Lucas não fez nada. Nem te provocou. 
- Tudo bem. Eu percebi. Ele estava estranho... 
- Ele mudou um pouco o comportamento comigo. Não sei se pra melhor... Enfim. Vou entrar. A gente se vê amanhã. Obrigada por hoje. – sorri e o beijei. 

Deixei-o partir e entrei em casa. A vovó estava dormindo no sofá. Coitada... Devia estar a minha espera e pegou no sono. Preferi deixá-la dormindo e subi para o meu quarto. Mas, ela acordou e me chamou para conversar. 

- Desculpa vovó. Acordei a senhora. 
- Sem problemas. Só dei uma cochilada. Como foi lá? 
- Como um conto de fadas... – suspirei – O começo romântico, no meio a confusão e depois, o final feliz. – ri – Te juro, foi bem assim. 
- Que bom que se acertaram. Mas me diz, qual foi a confusão? 
- O Lucas apareceu lá na matinê. Mas, não o culpe! Foi a Você Sabe Quem. Provocou tudo! Mas agora está tudo ok. Eu acho... Vou dormir por que o dia foi intenso! – suspirei – Boa noite, vovó. 

Enquanto tomava um banho para dormir, ás 03:00 AM, fiquei pensando no Thiago. Seus beijos, seu corpo, sua voz... Tudo nele me encanta e hoje, foi muito especial. 
Dormi tanto que só fui acordar ás duas da tarde. Isso por que o Lucas ligou pra mim. 

- Oi... – disse com a voz de sono.
- A noite foi boa, hein? Hum. Então... Posso te ver? Estou na frente da sua casa...
- Que legal! Pode sim! Estou te esperando. Eu vou me arrumar, mas você pode me esperar na sala.


Fui me arrumar logo e quando desci para esperá-lo, ele estava lá, aos papos com a minha avó. Assim que apareci, eles ficaram calados. 

- Pode continuar, gente. Finjam que não existo... Pode falar de mim a vontade! 
- Estávamos falando mal de você. – rimos – Então... Podemos conversar? 

Minha avó foi para a cozinha colocar o nosso almoço. Sim, ele aceitou almoçar aqui, pra me fazer companhia. 

- Quero lhe dizer que não namoro a Paola. Nunca vou namorar. Não existem declarações. Não a desmenti ontem por que não queria briga. Você pode ter ficado com raiva de mim, achando que eu tinha armado tudo de novo para você. Mas, só quero que saiba que não faço mais isso. Você... Você acredita em mim, não é? 
- Claro que sim! Eu sei que era tudo mentira da Paola. Vamos apagar esse assunto. E ela também. Pelo menos eu, já apaguei. 
- Dei um tempo ontem com ela. Digo, não vou mais ficar com ela, depois de ontem. E também os outros dias... 
- Se você gosta de ficar, de transar, de... Enfim, se você a curte ainda, pode continuar numa boa. Só não quero que ela fique pegando no meu pé. Espero que eu passe na prova do concurso que eu lhe disse. Assim, fico um ano longe e as pessoas que me odeiam, vão esquecer a minha existência por um tempo. – rimos. 
- Gostar eu não gosto... Ela é só um passatempo... Enfim. Estou torcendo para que você passe. Mesmo sabendo que vai fazer falta pra mim – falou tristonho. 
- Também vou sentir falta de você. Vou buscar o resultado depois de amanhã. Aí, em janeiro mais ou menos, não sei como é o processo, iremos pro Canadá. Eu e mais nove pessoas. 
- Quando voltar trás uns presentinhos gringos pra galera aqui. – riu. 
- Pode deixar – rimos. 
- Almoço na mesa, meninos! Podem vim – vovó apareceu na porta do quarto. 

Almoçamos nós três. E conversamos muito. Foi divertido. Espero continuar assim... Pra sempre. 

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