Capítulo 15

Minha avó tinha que ir a uma viagem com a igreja. Então, passaria uma semana lá e eu ficaria com o Gustavo. Ela disse que o neném dela é responsável o suficiente para cuidar de mim e da casa. Aham. Você vai ver, no final de semana terá uma festança aqui. Agora que virou amigo doLucas, eles vão armar uma festa e eu vou sobrar. 
Passaram-se cinco dias e era sábado. O Gustavo já tinha programado uma festança aqui. 
Um sonzinho e umas gatinhas para os meninos. Chegou o momento da festa, todos tinham chegado. 
Gustavo colocou um som estrondoso e eu fiquei no meu quarto falando com o Thiago no Skype, sobre a saudade enorme e a vontade de que venha às férias pra eu poder vê-lo. Gustavo subiu com um amigo do Lucas e vieram no meu quarto me chamar para descer. 

- Desculpa por ter chamado o Lucas. Vamos descer, finge que ele não está por lá – Gustavo disse. 
- Ah não, relaxa. Eu só estou aqui por que não estou afim agora de festa. Alias todas que certa pessoa esteja presente. Então, não quero estragar sua festa. Poder ir. 
- Relaxa meu amor. Esquece que ele está lá. Olha, vim apresentar a você meu novo amigo. João Pedro, JP. – me levantei e dei um beijo no rosto dele. Que por sinal é um fofo. E lindo. 
- Prazer, JP – sorri – sou a Maria Luísa. 
- Prazer é todo meu, linda – sorriu encantador. 
- Você é o quê do Lucas? – perguntei. 
- Colega. Estava fazendo um trabalho em sua casa pela manhã, aí ele me chamou para vim a festa. 
- Ah sim. Pois você não tem cara de que é amigo do Lucas. Os amigos deles são iguais a ele e você não é nada parecido. Quer dizer... Pelo que percebi agora você é muito gente boa – sorri. 
- Por quê? – riu. 
- Nada não, esquece. Mais tarde eu desço, Gustavo. Vou terminar de conversar com o Thiago. Ele vem nas férias – sorri. 

Demorei uns minutos e me arrumei. Fiquei linda mesmo. De verdade, queria mostrar ao Lucas que eu não estou triste por ele. Mas ao descer, o vi ficando com uma garota no sofá da minha avó, chega deu aquele embrulho na barriga e uma vontade de vomitar na cara deles. Fingi que aquilo nem aconteceu e que não estava abalada. Desci e os olhares de sempre, foram voltados a mim. Até o Lucas parou o que estava fazendo pra me olhar todo sem graça. 
Fiquei conversando com o Gustavo e o JP na mesa da cozinha. Mas depois o Gustavo saiu pra ficar com uma garota lá e fiquei de papo com o JP. Ele é fofo demais. Tipo o meu Thiago. Meu não. Mas é tipo o Thiago. 

- Não quer dançar nem procurar algum bonitinho aqui na festa? – JP perguntou. 
- Não... Não sou assim. Até era, eu acho, mas mudei. 
- Mudou como? 
- Uma longa história. 
- Tem tempo de me contar essa história? – JP sorriu. 
- Se você quiser ouvir... E tiver paciência – ri. 
- Tenho sim. Pode desabafar – rimos. 

Contei ao JP. Confiei nele e não ligo se contar ao Lucas, não ligo mesmo. Ele foi bem atencioso comigo. 

- Não quer dançar nem procurar alguma bonitinha aqui na festa? – perguntei. 
- Não... Não sou disso. – rimos. 
- Você é como? 
- Sou de conversar com a garota e depois, sei lá, vai que rola. Mas não sou como o Lucas, se é o que pensa. 
- Nem pensei. Sabia que não era como ele – sorri -. Então... Sabia que você se parece com o meu ex? Gosto de caras assim. 
- Seu ex não é o Lucas? – perguntou. 
- Não. – ri -. O Thiago. 
- Ah é, esqueci dele – riu -. Vamos dançar agora? Amo essa música. Vem comigo, por favor! – sorriu e me puxou para a sala. 
- Não quero dançar... – fiz bico. 
- Não faz essa desfeita. Amo essa música, Malu! 

Fomos dançar. Ele já fez aula de dança e prometeu que um dia ia me ensinar. Estávamos dançando tão bem e o Lucas ficava só olhando. Ele ainda estava no sofá com aquela garota. 
Dançamos várias músicas e o JP é super divertido! 

- Daqui a pouco o Gustavo vai ter que acabar com a festa. Está começando a esquentar. 
- Esquentar? Onde? – JP perguntou rindo. 
- Olha ali. – apontei para o Lucas dando amasso em outra garota. 
- Ciúmes? – riu. 
- Não! Quer dizer, um pouco. Mas não ligo, sabe? Só achei que ele gostava de mim de verdade. Por que se ele gostasse, não ia fazer isso na minha frente. Ou ele acha que eu vou dar o troco e agarrar alguém aqui? 
- E por que não faz isso? 
- Não quero confusão. Ele vai pensar que me importo. 
- E não está? Quer dizer, se importando... 
- Sim. Mas não sou como ele. Vamos esquecer o Lucas – sorri. 

Depois da outra que ele o Lucas agarrou, ele queria subir pra ficar no quarto do Gustavo com ela. Mas ele não tem quarto, então nunca que eu vou o deixar ir ao quarto da minha avó ou o meu. 
- O Lucas quer usar um quarto pra poder conversar com a Pâmela. E ai? Por que o da vovó eu tranquei pra não ter bagunça. 
- Como você pode fazer essa pergunta pra mim?! Por favor... 
- Só quis lhe dar um aviso. Sei que não vai aceitar! Continua com o romance... 
- Que romance! – rimos. 

A festa rolou até uma da manhã. Me despedi do JP e a galera do Lucas foi embora. Menos ele. 

- Posso conversar com você? – Lucas pediu. 
- Conversar sobre o quê? Acho que não temos nada para conversar, é sério. Você sabia que deixou o seu coleguinha JP, que estava em sua casa, sozinho na festa? Se não fosse o Gustavo ou eu... Coitado! – ri nervosa. 
- Vocês estavam super íntimos que eu não queria atrapalhar. 
- Não procura desculpas, Lucas. Vai embora logo, ficou demais por aqui. 
- Não quer conversar comigo mesmo, né? 
- Não sei onde estava com a cabeça quando decidi ficar com você naquela festa, quando eu decidi ser idiota e me declarar pra você ou quando eu decidi me iludir acreditando que você tinha mudado. 
- Eu não mudei. Quero ficar com você. 
- Quer ficar tanto comigo que hoje ficou com várias na minha frente. É... você quer mesmo ficar comigo. Nem percebi. 
- Não seja infantil. Estou solteiro, Malu. Se você me quiser, quiser ter uma conversa adulta comigo, tudo muda. Se você ficar comigo eu não vou ser esse que você viu hoje. Quando quiser conversar direito comigo, me avisa. Vou indo. Tchau. 

Ele saiu e bateu a porta numa força tremenda que chega me assustou. Só acho que ele deveria ter uma noção do que fez hoje. Mesmo solteiro. Eu estava ali, em sua frente. 

- Desculpa Malu... – Gustavo me abraçou. 
- Se você não o chamasse, não ia ter festa. O problema é que eu me importo demais. 
- Até hoje ele não sabe o motivo de você ter ficado daquele jeito com ele naquela festa. Se está solteiro, por que ele não pode ficar com outras garotas? Você não quer ficar mais com ele e já está louca para o Thiago chegar para ficar com ele e ainda diz que o erro é do Lucas? 
- O erro é do Lucas. 

Acordei muito triste e minha avó já estava na sala com o Gustavo. Sim... Ela chegou hoje. O Gustavo já tinha contado da festa. O JP tinha me ligado. Ele queria aproveitar que hoje era domingo pra tomar sorvete comigo. Mas não estava no clima pra sair. Ele me forçou muito e eu acabei aceitando. 
Ele me ligou e eu já estava pronta. A gente foi até a sorveteria que ele diz ser a melhor do bairro. Nunca tinha ido. 

- Gostei muito daqui! É lindo e o sorvete é muito gostoso! Obrigada pela tarde, JP. Mas, tenho mesmo que ir – sorri fraco. 
- É o melhor lugar. Venho sempre que posso – JP sorriu –. Bom... Já que precisa mesmo ir, eu levo você. Mas olha, vai ter uma próxima vez, ok?! – rimos. 
- Claro que vai! Hoje não estou bem, mas lhe prometo que na próxima vai ser mais divertido! – sorri -. Você não precisa me levar, sua casa não é aqui ao lado? 
- Faço questão de levar você. Sem chiar! Vamos logo. – JP disse, me fazendo rir alto. Além de lindo e fofo é muito engraçado. 

Me trouxe até em casa e o Gustavo chamou ele para um papo. Ele ficou mais uma hora lá rindo com as idiotices do meu primo. Foi bom o JP ter aparecido, por que não quero que o Gustavo faça amizade com o Lucas. Lucas não é um bom amigo e vai levar o meu primo para o mal caminho. A vovó não gosta disso. 
Dona Dalva, a avó do Thiago, disse que semana que vem ele chegava. Achei estranho, pois ele nem me avisou. 
A semana foi toda de estudos, provas, e a última unidade do colegial ao fim. Confesso gostei dos meses que passei morando aqui e estudando naquele colégio. No colégio mais ou menos, pois só aprendi a gostar depois que a Camila apareceu. Quando ficava só com o Thiago era bom, mas precisava de uma amiga em sala e a Carol não conseguiu ser. 
Hoje eu, a vovó e o Gustavo fomos ao shopping comprar as coisas para enfeitar a árvore de natal daqui. A vovó sempre enfeita e agora que estamos morando com ela, decidiu comprar coisas novas. Estava muito ansiosa para o Thiago chegar, mas triste por não ter me respondido mais nada que eu mandava para ele. Talvez queira fazer uma surpresa. E pra falar a verdade, eu odeio surpresas. 

***
Thiago chega hoje. Já estava de férias. Dona Dalva nos chamou para um almoço em sua casa. Ele veio sozinho, seus pais ficaram em São Paulo. O nervosismo tomava conta de mim. Todos estavam alegres, mas eu estava nervosa. E feliz claro. Como será que ele ia me receber? Será que ele vai estar feliz em me ver? São muitas perguntas para nenhuma resposta. 

- Vocês estão prontas crianças? – vovó perguntou, pegando as chaves de casa para irmos ao almoço. 
- Estamos capitã! – Gustavo disse rindo. 
- Será que eu poderia ir depois? – perguntei. 
- Claro que não! Vamos todos agora para almoçar lá. O Thiago já chegou sabia?! –sorriu – vamos meninos. 
- Ai meu Deus! Eu posso comer uma besteirinha aqui e depois eu vou, quando estiver mais calma? Por favor?! – insisti. 

Claro que a minha insistência não valeu em nada. Fui nervosa até a casa dele. Quando a chegamos a porta já estava aberta e o Thiago estava sentado no balanço. Quando nos viu, deu um sorriso e veio cumprimentar. Mas acho que o sorriso não foi pra mim. 

- Dona Tereza! Quanto tempo, hein? – abraçou – Gustavo, e aí cara! – cumprimentos masculinos. 
- E ai, cara! Beleza? – Gustavo disse sorrindo. 
- Tudo na paz – sorriu. Enquanto o Thiago falava, só olhava para mim. Talvez eu seria a última a ser cumprimentada por ele. 
- Vó... Vamos entrar? – Gustavo disse percebendo o olhar do Thiago. 

É agora, o momento que ele ia falar comigo. Por que eu estava nervosa? 

- Vai ficar na porta? O pessoal já entrou – Thiago disse. 
- Eu percebi. 
- Tudo bem contigo? – ele disse. 
- Não... 
- Brigou com o seu namorado? 

Não quis responder a pergunta. Somente suspirei e entrei em sua casa. 
Ele não falou comigo. E estava estranho, mas muito lindo por sinal. Pensei que ele fosse me receber bem. 

- Que cara é essa, meu anjo? – Dona Dalva perguntou. 
- Nada, Dona Dalva. Vou ao banheiro rapidinho. 
- O que foi Malu? – Gustavo perguntou. 
- Nada! Só vou ao banheiro. Pode comer sem mim. 

Quando entrei no banheiro, chorei muito. Bem mais do que os dias passados. Não foi pelo Lucas. E sim por que o Thiago foi frio, cínico e nem me deu um abraço. Isso me comoveu. Quando saí do banheiro eles estavam comendo e rindo. 

- Vem por a comida, meu anjo... Estávamos esperando você – vovó sorriu. 
- Eu estou sem fome, mas vou comer pois sei o quanto a comida da Dona Dalva é uma delícia e ela deve estar muito feliz pelo seu neto e estar ao seu lado – disse tristonha. 
- Estou mesmo, muito feliz! – Dalva sorriu – mas o que houve com você, meu anjo? Estava chorando? 
- Não estou muito bem, Dona Dalva... Me perdoa – sorri -.

Depois de comermos, a minha avó e a D. Dalva, foram para a cozinha conversar e deixou eu, o Gustavo e o Thiago na sala. Não queria ficar ali, então fui para a cozinha com elas, que me colocaram para fora cinco minutos depois. Ao sair da cozinha, ouvi o meu nome entre a conversa dos dois e resolvi escutar. 

- Falei com a Malu sim! – Thiago disse. 
- Não falou. Eu ouvi o que você disse Thiago. Estava na janela. Sabe que ela está assim por sua culpa, não sabe? – Gustavo disse. 
- Eu quero conversar com ela em outro momento. – Thiago disse. 
- Poderia ter sido mais legal. Ela estava sentindo falta de você. – Gustavo disse. 
- Duvido. Ela estava é com o Lucas. Nem se lembrava de mim. – Thiago disse. 
- Você está sendo infantil cara. Ela ama você, mas também sente uma coisa forte pelo Lucas. A Malu viu que não tinha como dar certo e só anda triste em casa. Sente falta de você. O único amigo que ela tinha aqui. 
- Depois eu falo com ela. Eu prometo. 
- Vou para a cozinha chamar ela. – Gustavo disse e corri para a cozinha novamente para que ele não percebesse que escutei uma parte da conversa. 
Thiago está chamando você, curiosa. – Gustavo disse sério. 
- Oi? – perguntei. 
- Você ouviu a conversa, não mente. Vi sua sombra. Thiago estava de costas e por sorte não viu. Vai lá. 
- Você é ótimo, Gustavo! – ri – não pude nem me esconder direito. 

Fui até a sala e o Thiago estava terminando de comer a sobremesa que a Dona Dalva trouxe. 

- Me chamou? – perguntei. 
- Desculpa – Thiago disse. 
- Não entendi seu comportamento. 
- Fui um idiota. Na verdade, eu não sei o que deu em mim. Pensei que estava namorando o Lucas. Não sei explicar... 

- Você falou que tinha entendido o que eu te disse ao telefone na ultima vez que nos falamos. Ainda disse que viria em breve e estava morrendo de saudades de mim, do meu abraço... Estava tão ansiosa para te ver e ao mesmo tempo nervosa para ver a sua reação e olha o que eu vejo: Uma pessoa fria e cínica. Eu simplesmente fiquei sem entender. E magoada, claro. Estava doida pra chegar ali e te abraçar forte, mas pelo visto minha ansiedade foi em vão. 
- Desculpa... Ainda estou morrendo de saudades do seu abraço. Dos seus beijos. De tudo em você. Posso te abraçar agora? – Thiago perguntou sorrindo. 
- Pode. Mas se eu te abraçar amanhã você vai estar de bem comigo no natal? 
- Claro! Eu não mudo do dia pra noite como o Lucas. 
- Por favor, Thiago. Não começa... 
- Desculpa. – riu –. Não farei isso contigo, pequena – sorriu. 

Quando nossas bocas iam se juntar, na maior saudade, o Gustavo chegou com nossas avós. 

- Voltando para a cozinha... – Gustavo disse e rimos. 
- Na verdade eu já ia lhe chamar para ir embora... – vovó disse e foi interrompida pelo Thiago. 
- Ela não vai agora. Depois eu levo – Thiago disse. 
- Então sabe o caminho de casa, né? Estamos lá. Tchau Thiago – abraçou –. Vai ficar para o natal? 
- Claro! – sorriu. 
- Acho que vou com vocês – Dalva disse rindo. 

Elas riram e saíram. A Dona Dalva ia demorar lá só pra me deixar com o Thiago. Como se eu não a conhecesse. 

- Então... A gente pode continuar? – Thiago perguntou sorrindo. 
- O que? 
- Não seja boba... – riu. 
- Não estou sendo boba, não sei o que íamos fazer – sorri. 
- Já vi que vou ter que lhe mostrar. 

Ele me puxou pela cintura e me abraçou. Senti seu perfume e lembrei quanta saudade eu senti daquele cheiro. Era tudo o que eu precisava, eu tinha certeza. Thiago levantou meu queixo com a ponta dos dedos e olhou fundo nos meus olhos. Podia ver o sentimento que ele tinha por mim em seus olhos. Ele selou nossos lábios com um beijo carinhoso, mas segundos depois já estávamos nos beijando apaixonadamente. Me segurava com força, e pude perceber que ele sentia saudades de mim também. O beijo dele era o que eu precisava. Afastamo-nos e ele então disse: 
- Sabe... Eu senti saudades. 
- Eu também, muitas. – Murmurei. 

Depois do momento romântico que tivemos em seu sofá, com carinhos e beijos, começamos a conversar, pois Dona Dalva poderia aparecer em qualquer momento. 
- Você se envolveu com alguém lá em SP? – perguntei sorrindo, depois daquele maravilhoso beijo. 
- Mal saio de casa. Quer dizer, só pra ir ao colégio. Não fiz muitas amizades. Só o suficiente, mas estou resolvendo umas coisas com minha mãe e talvez eu volte pra cá. Meus pais perceberam que não dá certo que eu more com eles novamente, pois passam o dia fora no trabalho e não tem tempo para mim. Tentaram o possível sair comigo para passeios. Foi bom, mas já deu. Minha vida é aqui – sorriu e beijou minha testa. 
- Espero que dê tudo certo em você vim para cá – sorri. 
- Mas e você? Eu já sei, mas... – riu. 
- Ah, podemos pular o assunto? Não quero falar sobre o Lucas – sorri fraco. 
- Entendo. Também não quero falar sobre ele – rimos – AH, vou passar o Ano Novo aqui também. Pertinho de você, se quiser – sorriu. 
- Claro que eu quero meu... – celular tocou. Era o JP – ahm... Vou atender rapidinho. 

- Oi JP!
- É o Lucas. Estou na casa do JP e resolvi te ligar. Preciso conversar contigo.
- Já falei que não quero conversa com você! Coitado do JP ao seu lado...
- Você pode me ouvir? É possível isso?! Seja menos infantil, Malu! – Lucas gritou.
- Outro dia. Quando você largar de ser infantil também. E não estraga minha felicidade, por favor. Obrigada viu? Tchau. – desliguei.
- Você me disse que só era o Lucas – Thiago disse sério. 
- Não! É somente o Lucas. JP é um amigo do Lucas muito gente boa que conheci. Mas é amigo do Lucas também, então o Lucas aproveitou e ligou do celular do JP para mim. 
- Sei. E você gosta do Lucas ainda. 
- Ah... Sei lá! Esquece ele, por favor. 
- E por mim? O que sente? – Thiago perguntou. 
- Muita coisa. 
- Tipo...? 
- Tipo... Muita coisa. – rimos – ah, você sabe que eu te amo, Thiago. Muito. 
- E se eu voltar a morar aqui? Tenho chances de te ter de novo? – Thiago perguntou segurando em minhas mãos. 
- Que pergunta! Claro que tem! – nos abraçamos. Thiago me segurava com força. Desejo profundamente que esse momento jamais termine. 

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